A Rinite é doença que pode ser aguda ou crônica, ela se caracterizada
por sintomas nasais, dentre eles: obstrução,
coriza intensa, espirros, coceira nasal que pode irradiar para os ouvidos e olhos
fazendo com que estes últimos lacrimejem, pode haver alterações do olfato e irritação
geral.
O Nariz na cultura popular é um símbolo de poder, orgulho (nariz empinado), um símbolo de intuição (torcer o nariz, farejar o perigo) e até um símbolo sexual, na medida que as mucosas do nariz podem remeter às mucosas dos órgãos sexuais, nesse sentido alguns psicólogos e psicanalistas fazem uma comparação com a manipulação desta área e o um desejo contido, somente quando o desejo se deslocar para área genital, a compulsão de cavar o nariz deve passar.
No plano psicossomático encontramos uma pessoa facilmente abalável
pelo ambiente externo. Com comportamento exemplar, e que não gosta de cometer
erros, sentindo-se culpado caso isso aconteça.
A pessoa com rinite tem uma enorme tendência de se abalar e
se irritar com coisas e pessoas a sua volta, principalmente a forma dos outros
pensarem e agirem. Por isso muitas vezes eles escolhem se isolar e não expressarem
o que sentem por medo de serem repreendidos, então guardam seus apontamentos
para si mesmos e as vezes até tem longas “conversas” consigo mesmos,
resmungando sua opinião sobre essa ou aquela pessoa.
Da dificuldade de lidar com o ambiente, vem a culpa por não
conseguir fazer tudo dar certo (ou do jeito que eles acham que é o certo), em
alguns essa culpa se mostra na forma de irritação e revolta. Assim encontramos
um perfeccionista com o desejo de ser alguém exemplar, um modelo para os que
estão por perto. Isso é muito comum em filhos únicos ou mais velhos que devem
mostrar-se “os responsáveis” perante os irmãos.
Não podemos esquecer das pessoas fazem parte desse ambiente
externo do acometido pela rinite, normalmente são pessoas que constantemente
tentam invadir o espaço vital do doente de rinite, provocando as crises. O
doente de rinite não os quer por perto, mas não consegue tomar uma atitude para
acabar com o sofrimento e aguenta calado por muito tempo.
As três Manifestações possíveis
Rinite aguda – é o momento de crise, onde o embate está no
palco. Os sintomas são parecidos com os de um resfriado causado por um vírus.
Neste momento a pessoa pode ter se “machucado” com algo externo a ela, por
exemplo situações do trabalho, brigas de pais, etc. Nestes casos a sensação de
incapacidade diante dos fatos é marcante.
Rinite Alérgica – Acontece diante do contato com um alérgeno,
desencadeando uma grande produção de muco, inchaço nas mucosas nasais e coceira.
Mudanças de clima, pó, poluentes, fumaça de cigarro, perfumes e outros podem
irritar. No plano metafísico indica uma tendência a se achar perseguido em um
constante estado de alerta, com negação em lidar com qualquer possibilidade de
negociar uma mudança no ambiente. A vulnerabilidade diante das situações, o
bloqueio das emoções e a retração em dizer o que sente para as pessoas e
situações pode acentuar ainda mais a insegurança e o medo, dando continuidade
aos sintomas.
Rinite Crônica – Neste momento a secreção já se tornou
purulenta, pode haver atrofia da mucosa e exalação e mau cheiro devido a
inflamação crônica. É bom lembrar que TODA doença crônica denota permanência no
erro primordial, neste caso demostrando rigidez e teimosia. A pessoa neste
ponto está rígida em suas crenças e não muda (por não enxergar ou por dureza).
O estado de alerta constante provoca vontade de fugir do contato com outras
pessoas, demostrado pelo “mau cheiro” que pode indicar um meio afastar os
outros de seu convívio.
Remissão da Rinite – O que meu corpo está tentando me dizer?
Ponha um fim na “inflamação” mental relacionada a pessoas e
situações, traga os processos agressivos para a superfície e se expresse de
forma construtiva.
Desenvolva a gratidão pela presença das pessoas e situações
da sua vida, encare-os como lições, não há erros, somente aprendizado. Você
seria capaz de cobrar ferozmente de uma criança que errou a lição de casa?
Claro que não, ela está aprendendo, não é? Então por que fazer isso com você?
Todos em sua vida, pessoas e situações, direta ou indiretamente o ajudam a
crescer.
Não há demérito nas situações
e atitudes das pessoas, aceite humildemente as diferenças e opiniões e também seus
erros e limitações, só assim você poderá se desenvolver e aperfeiçoar. Lembre-se,
a vara que não enverga, se quebra. Portanto não seja tão rígido.
Perca o hábito de se ver como vítima e enxergue sua
capacidade de argumentar e agir quando se sentir acuado. Deixe a vida transbordar,
não o nariz, cresça e vá atrás de seus objetivos, não é a presença de alguém que
está o impedindo de agir – é você mesmo.
Deixe-se estimular por temas excitantes, ao invés de se deixar dominar pelos agentes externos, proporcione-se (de modo consciente) mais espaço, não tenha medo do que vão pensar, seja fogo e chama para os problemas que se acumulam.
Fontes de pesquisa para esse artigo:
- A Doença como Símbolo - Rudiger Dahlke
- A Doença como Linguagem da Alma - Rudiger Dahlke
- Metafísica da Saúde – Valcapelli e Gaspareto
- Imagem de cenczi por Pixabay
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