A Fibromialgia é considerada uma doença crônica, ela causa dor musculoesquelética generalizada e difusa, além de fadiga extrema, distúrbios do sono, perturbações cognitivas, entre outros sintomas.
A fibromialgia foi associada ao ‘reumatismo’ em 1824 por Balfour na Inglaterra, ele percebeu que alguns pacientes apresentavam pontos musculares hipersensíveis à palpação, além disso havia uma dor que se irradiava. A fibromialgia já foi referida por várias denominações, e em 1976 o termo “Fibromialgia” se estabeleceu.
Mas foi somente em 1981 que se firmaram os primeiros critérios de classificação da fibromialgia, e em 1990 estabeleceram-se os critérios oficiais de diagnóstico.
O que as pessoas acometidas por essa doença sentem?
Apesar da fibromialgia não acometer órgão internos, não causar
deformação e nem reduzir a esperança de vida, ela pode ser extremamente
dolorosa e incapacitante, o que irá afetar a vida social e limitar atividades
laborais ou domésticas.
Cada paciente pode sentir a dor em níveis variados, indo de
sintomas leves até a dores incapacitantes, que levam o doente a permanecer
acamado por alguns períodos.
Quais são as causas da Fibromialgia?
As pesquisas na área têm levantado possíveis causas para a
fibromialgia, dentre elas, alterações em áreas como o sistema nervoso central,
sistema nervoso autônomo, músculos, sono, genética, problemas no sistema
imunitário, metabolismo e estado psíquico dos doentes.
Outros fatores isolados ou combinados (stress, traumas
físicos ou emocionais, etc.) também podem estar presentes, sendo mais provável que
a doença seja uma combinação de fatores e causas.
Infelizmente ainda não foi descoberto algo para erradicar
definitivamente os sintomas da fibromialgia, até mesmo o diagnostico é difícil,
devido aos exames laboratoriais não demostrarem nenhuma alteração, os exames
complementares de diagnóstico também não são eficazes,
sendo assim, o diagnóstico é feito mediante ao histórico clínico do doente e
exclusão de outras doenças.
Apesar da dificuldade de diagnóstico, atualmente se sabe que
há alterações nas áreas cerebrais responsáveis pela percepção e
processamento da dor, causando uma sensibilidade extrema aos estímulos
dolorosos.
Sabe-se também que os sintomas podem se agravar com mudanças de clima, umidade, frio, alterações hormonais, stress, depressão, ansiedade, tensão ou até um esforço físico maior que o habitual. Sendo assim, normalmente os reumatologistas escolhem entrar com medicações que irão melhoram a qualidade de vida do paciente, aliviando os sintomas.
O que o nosso corpo quer nos contar sobre a Fibromialgia
Apenas cerca de 2% a 5% da população adulta, dependendo dos
países, desenvolverão a doença. Mas um fato interessante de se mencionar é que
a prevalência da doença é de 80% a 90% no sexo feminino entre os 20 e os 50
anos, aumentando progressivamente com a idade.
Os estudos da psicossomática nos levam aos chamados conflitos
de DESVALORIZAÇÃO, relacionados com causas emocionais familiares. Como a maioria das sociedades modernas ainda são
patriarcais, percebendo a mulher como aquela que deve cuidar e dedicar a vida à
família, podemos começar a entender um pouco do porquê a maioria dos acometidos
são do sexo feminino.
Destrinchando os termos da própria nomenclatura da doença, já
podemos entender um pouco:
Fibro - Fazendo referência aos tendões e ligamentos. Os
cordões dos quais tudo se prende, os pontos de fixação (para os músculos). A
capacidade de converter a própria força e energia em AÇÃO. A fibromialgia nesse
ponto sugere uma dificuldade de agir.
Mio - Faz referência ao músculo. O significado simbólico
do motor do corpo, desenvolvimento da força. Incapacidade de adaptação ao mundo
exterior, erguer as defesas no âmbito do corpo e da alma. Ausência de forças
para seguir adiante, sensação de IMPOTÊNCIA. Conflito de Cordeiro: “Não sei o
que fazer”; “Não sei onde ir”.
Algia = Dor - Toda dor é uma coação do corpo para o perceber e o sentir, é um sistema defensivo do corpo. Os tecidos pedem por socorro da circulação sanguínea. Geralmente as dores nos nervos clamam por vias de realização oprimidas e estreitas, são as dores anímicas de uma alma atormentada, que se reflete em dor física. Normalmente a dor física é proporcional a dor moral / psicológica.
O corpo sempre irá encontrar um jeito de chamar atenção para
conflitos interiores. Diante do dilema da necessidade de ação em prol de si
mesmo (conflitos do movimento) cria-se uma contrariedade tão intensa que a
melhor solução biológica encontrada pelo corpo é PARAR (devido a dor e fadiga intensa).
Nosso corpo grita para chamar atenção para nós mesmos, para a necessidade de agir - para e por nós. Muitas vezes o doente que sofre com a fibromialgia volta toda a sua atenção para os OUTROS e esquece de si mesmo. O conflito surge do íntimo que quer independência, quer viver a própria vida, mas sente culpa por não se voltar totalmente a aqueles que ama.
A crença inconsciente base da fibromialgia é: “Eu nasci para
ajudar, cuidar e servir...”
Isso fica claro, em pessoas que esquecem de tomar suas
próprias medicações, mas não se esquecem do horário de servir o remédio de um
familiar. Dizem que amam ajudar e cuidar, mas no fundo, sentem-se injustiçadas (e
até com ódio) porque não vivem a própria vida e não encontram a proporção nos
outros para os cuidados que doam.
Em uma vida que gira em torno da família e pessoas amadas
mais próximas, a pessoa acaba por se anular pessoalmente. Porem este sentimento
servil chegará ao seu limite e a dor e sofrimento por não assumirem o seu
próprio caminho irão cobrar o preço. Na busca de um papel daquele “que cuida”
ou que “todos precisam” a dor incapacitante da fibromialgia, vem inverter os
papeis de dependência.
A Remissão
Reaja à percepção da dor tão depressa quanto possível,
responda aos gritos de socorro e busque resolver os conflitos agressivos do
tecido, encarando as corajosas discussões no plano anímico-espiritual para dar
cabo ao tema.
No plano anímico:
Sua necessidade vital de assumir a individualidade, desejos e
vontades, não deve ser oprimida. Entenda que não há “dupla obrigação”: sua
vontade interior de expansão na vida versus as obrigações para com familiares e
amigos. Estes impulsos são contrários, não há como servir aos dois. Enquanto houver este conflito a
fibromialgia irá persistir e muitas vezes te PARAR.
Livre-se da culpa, da dependência emocional, da constante necessidade
de servir aos outros e ser reconhecido, seu valor não está no quando você se
doa.
Entenda que seu comportamento de auto desvalorização acabará
por refletir suas próprias carências emocionais e aqueles que você tanto busca
ajudar podem acabar menosprezando sua devoção, o que irá aumentar a sensação de
desvalorização.
Permita-se atividades que lhe dão prazer, de preferência
sozinho, se dê ao luxo de não dividir seu tempo com ninguém (pelo menos nesse
momento de remissão), pratique a DISTÂNCIA SAUDÁVEL, para mais tarde encontrar
um equilíbrio entre o seu prazer individual e as atividades para a família.
Procure se amar, se conhecer, se apaixonar por você! Mas lembre-se, como todo início de relacionamento,
isso levará algum tempo, não se cobre demais, com o tempo o autocuidado irá se
tornar natural.
No plano físico:
Mova-se para estimular a circulação e promover o transporte
de substâncias excretadas, exercite-se (com moderação!), se doe aos seus
tecidos musculares (doação positiva). A doação para o músculo significa
movimento, compressas quentes, banhos de imersão quentes e desafios físicos,
como por exemplo a prática de esportes.
LEMBRE-SE: Mantenha-se em movimento nos planos espiritual,
anímico e muscular!
Fontes de pesquisa para esse artigo:
- Myos - https://myos.pt/
- Verdades do Corpo - Fibromialgia, a doença das amarras familiares - https://www.verdadesdocorpo.com/
- A Doença como Símbolo - Rudiger Dahlke
- A Doença como Linguagem da Alma
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