“Um rei foi presenteado com dois jovens falcões. Este, imediatamente contratou um mestre em falcões para treiná-los.
Depois de vários meses, o instrutor disse ao rei que um dos falcões foi bem-educado, mas não sabia o que estava acontecendo com o outro.Desde que ele tinha chegado ao palácio, ele não havia se mudado de galho, ainda tinha que levar a comida diariamente a ele.
O rei chamou diversos curandeiros, especialistas em aves, mas nenhum pode fazer o pássaro voar. Desesperado, ele emitiu um decreto proclamando uma recompensa para aqueles que fizessem o falcão voar.
Na manhã seguinte, o rei viu o pássaro voando em seus jardins.– Traga o autor deste milagre! Ordenou o rei. Apareceu diante dele um simples camponês. O rei perguntou:– Como você conseguiu fazer o falcão voar? Você é um mago?– Não foi muito difícil meu rei – disse sorrindo o homem. – Eu só cortei o galho que ele estava.
Naquela ocasião, o pássaro foi deixado sem nenhuma outra alternativa senão levantar voo.”
Esta fábula fala a respeito da nossa zona de conforto e nos
ensina que algumas vezes precisamos de um local seguro para fazer nossas
projeções, porém permanecer parado por muito tempo pode nos enclausurar em nós
mesmos, criando desculpas e ilusões para não sair do local de segurança. Desta
forma nunca saberemos até onde poderíamos ter ido.
Mas o que realmente vem a ser esta tal zona de conforto? A ciência
nos explica que zona de conforto são situações ou comportamentos que estão
diretamente relacionas com nossos níveis de ansiedade. Trocando em miúdos,
é aquela ação ou comportamento que você já está acostumado a fazer e que lhe produz pouco ou nenhum nível de ansiedade. Por
exemplo, preparar seu jantar, ou dirigir pelo caminho que você sempre faz para chegar ao trabalho não vai fazer você sentir-se ansioso e inquieto, pois são hábitos já consolidados na sua zona de conforto. O "novo" pode gerar níveis
desconfortáveis de incerteza e consequentemente nos mergulhar em níveis
altos de ansiedade.
Sim, a ansiedade em demasia é ruim, e nós geralmente não somos
muito propensos a ir em busca dela por livre e espontânea vontade, porém, um
pouco pode ser surpreendentemente benéfico. A medicina comprova que aquela dose extra de novidade
tende a aumentar os níveis de dopamina no cérebro, ativando nossos "centros
de recompensa". Também foi mostrado que agir diferente melhora nossa memória
e aumenta as possibilidades de aprendizagem, tornando nossos cérebros mais maleáveis.
Entendemos que sair da zona de conforto não é fácil e pode
gerar bastante ansiedade, porém, a “zona do novo” é bem interessante e benéfica,
então como dar o grande salto? O segredo aqui é encontrar o meio termo onde
você até pode estar ansioso, mas esses níveis de ansiedade ainda são
gerenciáveis – este é o ponto que estamos procurando. Se você conseguir entrar
no clima do novo desafio e controlar seu nível de ansiedade, você terá
expandido com sucesso sua zona de conforto.
Sair do previsível pode ser bem difícil, mas
independentemente do desconforto inicial, nos atrever a alçar novos voos,
descobrir novos horizontes, realizando sonhos, é o que realmente dará algum
sentido a nossas vidas. Lembre-se de que a vida começa onde termina sua zona
de conforto.
Imagem de David Mark por Pixabay
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